hoje eu anoiteço e me recordo daquela estação com um gesto talvez não de saudade
não de agonia, diferente da solidão
acordo com gosto da capacidade do sentir
sentir tão lindo e tão dentro
purinho
na perspectiva das possibilidades de encontros de lugares meus
dessa emoção que brota dum dia ensolarado
ou numa noite troca e toca,
cresce sem permissão, alimentado de coisas que mexem e remexem a alma
me botam na calma, de encontro com sou, estou e vou.
23 de dezembro de 2008
22 de dezembro de 2008
21 de dezembro de 2008
18 de dezembro de 2008
15 de dezembro de 2008
9 de dezembro de 2008
7 de dezembro de 2008
ver-sol
quando já estivermos na escassez da palavra
e tudo antes existido se dissolver
disso vou escrever, ver o que ainda resta pros ouvidos quase mortos
quero o vestido rodado mais esquecido
contar de suas cores num giro
se já não houver mais corpos a rodá-lo
dançarei eu só
só eu
entre letras até às seis
até ressuscitá-las das bocas, das fitas e das orquídeas
até o verSÓ se ver-sou.
e tudo antes existido se dissolver
disso vou escrever, ver o que ainda resta pros ouvidos quase mortos
quero o vestido rodado mais esquecido
contar de suas cores num giro
se já não houver mais corpos a rodá-lo
dançarei eu só
só eu
entre letras até às seis
até ressuscitá-las das bocas, das fitas e das orquídeas
até o verSÓ se ver-sou.
28 de novembro de 2008
27 de novembro de 2008
23 de novembro de 2008
22 de novembro de 2008
15 de novembro de 2008
eu e você
se te percebo
daqui aTRAIO, te trago
feito cigarro,
meu fumo afasta mal olhado
espanta espantalho
se daqui percebo,
tudo, percevejo
te rasgo
deixo tudo uma coisa só
nós dois, um nó
daqui aTRAIO, te trago
feito cigarro,
meu fumo afasta mal olhado
espanta espantalho
se daqui percebo,
tudo, percevejo
te rasgo
deixo tudo uma coisa só
nós dois, um nó
12 de novembro de 2008
9 de novembro de 2008
vou contar um conto, vou chamá-lo de canto da ausência.
ela já sentia gelada a água. sentia o frio e o suor do estômago gota a gota crescerem dos pés em direção ao tornozelo, cintura e esmalte vermelho. água de poça, de transborda, de borda de rio.
podia naquele instante parar e saltar, alcançar o espaço quente, o lugar firme do casaco no corpo e do alívio no ranger dos dentes.
escolheu ficar. estática. gelando.
além, escolheu de dentro buscar pouco a pouco o carinho pulsante, o calor latente, colar di-amantes perdido no lago sereno, na mesa do café, no olhar da troca.
colheu tudo o que pode no tempo que lhe restava, colheu os sorrisos, os gestos, o aperto no peito, a atenção recebida e toda a paixão, enfim, erguida.
juntou cada pedaço re-encontrado e montou com um ou dois movimentos um abrigo. quente tão quente que aquela água parecia ser só uma armadilha pra ela não continuar, e deixá-la sem experimentar a sensação mais mágica de sua vida, o que chamo aqui de Encontro. todo o resto assim lhe parecia pequeno perto disso. ilusões e devaneios de uma cabeça inchada.
fixou no que tinha em mãos, em mente, a frente, em volta, nos pés, na alma. sentiu uma paz imensa e uma vontade de ser mais. com tudo somado tinha certeza da passageira tempestade, certeza de que era apenas uma passageira sem aviso prévio, alguém que descobre como se sente a vida com cada poro do tempo. em cada poro do corpo.
foi quando quis compartilhar, contar do que tinha visto e sentido. quis falar da plenitude, do amor suave, da conquista da intimidade, do casaco grosso que tinha esquecido no armário. que agora podia emprestá-lo, ser com ele.
e foi que a água sem mais espera, inquietante, subiu subiu subiu, deixou seus braços, pernas e seu abrigo batendo, procurando saída, procurando uma voz alta que pudesse falar tudo antes do tudo. mas tal água densa sem enfim, sem conseguir escutar, congelou-a toda. deixou afogada todas as suas descobertas e seu sonhos encontrados.
ali naquele instante.
não. vou chamá-lo de canto da saudade.
ela já sentia gelada a água. sentia o frio e o suor do estômago gota a gota crescerem dos pés em direção ao tornozelo, cintura e esmalte vermelho. água de poça, de transborda, de borda de rio.
podia naquele instante parar e saltar, alcançar o espaço quente, o lugar firme do casaco no corpo e do alívio no ranger dos dentes.
escolheu ficar. estática. gelando.
além, escolheu de dentro buscar pouco a pouco o carinho pulsante, o calor latente, colar di-amantes perdido no lago sereno, na mesa do café, no olhar da troca.
colheu tudo o que pode no tempo que lhe restava, colheu os sorrisos, os gestos, o aperto no peito, a atenção recebida e toda a paixão, enfim, erguida.
juntou cada pedaço re-encontrado e montou com um ou dois movimentos um abrigo. quente tão quente que aquela água parecia ser só uma armadilha pra ela não continuar, e deixá-la sem experimentar a sensação mais mágica de sua vida, o que chamo aqui de Encontro. todo o resto assim lhe parecia pequeno perto disso. ilusões e devaneios de uma cabeça inchada.
fixou no que tinha em mãos, em mente, a frente, em volta, nos pés, na alma. sentiu uma paz imensa e uma vontade de ser mais. com tudo somado tinha certeza da passageira tempestade, certeza de que era apenas uma passageira sem aviso prévio, alguém que descobre como se sente a vida com cada poro do tempo. em cada poro do corpo.
foi quando quis compartilhar, contar do que tinha visto e sentido. quis falar da plenitude, do amor suave, da conquista da intimidade, do casaco grosso que tinha esquecido no armário. que agora podia emprestá-lo, ser com ele.
e foi que a água sem mais espera, inquietante, subiu subiu subiu, deixou seus braços, pernas e seu abrigo batendo, procurando saída, procurando uma voz alta que pudesse falar tudo antes do tudo. mas tal água densa sem enfim, sem conseguir escutar, congelou-a toda. deixou afogada todas as suas descobertas e seu sonhos encontrados.
ali naquele instante.
não. vou chamá-lo de canto da saudade.
7 de novembro de 2008
sá(ba)bado
cadavezqueemvezdecinco
vezesdoissefazemdez
dezvezessinto
dasvezesdanço
talveztechamo
promeutangomanco
orangotango
vezesdoissefazemdez
dezvezessinto
dasvezesdanço
talveztechamo
promeutangomanco
orangotango
1 de novembro de 2008
23 de outubro de 2008
22 de outubro de 2008
dos sabores e dos sonhos
levo da vida o que leve passeia em minhas lembranças
aquilo que pousa suave,
imagens coladas nas pálpebras semi-abertas que quando, durante à noite, em que a vida toma da face negra vontades encolhidas,
descongelam, ramificam-se, agitam-se,
descolam pra serem movimentos coloridos
silhuetas perfeitas de experiências não vividas
instigando em contínuas sublimes metamorfoses
meus desejos calados, murmúrios escondidos
toques esquecidos ...
olhares e ângulos ofuscados pela claridade do dia ...
aquilo que pousa suave,
imagens coladas nas pálpebras semi-abertas que quando, durante à noite, em que a vida toma da face negra vontades encolhidas,
descongelam, ramificam-se, agitam-se,
descolam pra serem movimentos coloridos
silhuetas perfeitas de experiências não vividas
instigando em contínuas sublimes metamorfoses
meus desejos calados, murmúrios escondidos
toques esquecidos ...
olhares e ângulos ofuscados pela claridade do dia ...
18 de outubro de 2008
par-seria
Durante o percurso já não havia mais tronco deitado, pedra de riacho ou papel sem linha, folha de caderno pendurada em árvore que dá manga.
Tudo parecia inédito, retido nos olhos como a primeira e única vez, parceria de terra e ser, chão e vento.
Tudo parecia inédito, retido nos olhos como a primeira e única vez, parceria de terra e ser, chão e vento.
14 de outubro de 2008
dois animais metafísicos
"(..) A primeira é a "estátua sensível" de Condillac. Descartes professou a doutrina das idéias inatas; Etienne Bonmot de Condillac, para refutá-lo, imaginou uma estátua de mármore, organizada e proporcionada como o corpo de um homem e habitada por uma alma que nunca houvesse percebido ou pensado. Condillac começa por conferir um único sentido à estátua: o olfativo, talvez o menos complexo de todos. Um cheiro de jasmim é o princípio da biografia da estátua; por um instante não haverá senão esse aroma no universo, que, um instante depois, será cheiro de rosa e, depois, de cravo. Se houver na consciência da estátua um único perfume, já teremos a atenção; se perdurar um perfume quando houver cessado o estímulo, teremos a memória; se uma impressão atual e uma do passado ocuparem a atenção da estátua, teremos a comparação; se a estátua perceber analogias e diferenças, teremos o juízo; se a comparação e o juízo voltarem a ocorrer, teremos a reflexão; se uma lembrança agradável for mais vívida que uma impressão desagradável, teremos a imaginação. Engendradas as faculdades do entendimento, as da vontade surgirão depois: amor e ódio (atração e aversão), esperança e medo. A consciência de ter atravessado muitos estados dará à estátua a noção abstrata de número; a de ser perfume de cravo e ter sido perfume de jasmim, a noção do eu. (..) "
Jorge Luis Borges
Jorge Luis Borges
8 de outubro de 2008
7 de outubro de 2008
30 de setembro de 2008
minha-natureza-emana
plantar-e-colher
plantar-pra-comer
meu horário quebrou o tempo do relógio
me enchi de vento, voei balão
e agora não sei onde guardo tudo aquilo , o em vão ...
plantar-pra-comer
meu horário quebrou o tempo do relógio
me enchi de vento, voei balão
e agora não sei onde guardo tudo aquilo , o em vão ...
22 de setembro de 2008
toca-disco
gosto das palavras em desuso
das fora de moda
esquecidas
das que dizem o que as bocas têm medo
e os ouvidos correm,
a língua enrola, o peito torce
.
gasto o vocabulário
repetindo outras tantas
dando a hora, o com-passo
o ritmo da dança
quem vê, vê de fora
sente dentro, e troca-t(r)oca.
das fora de moda
esquecidas
das que dizem o que as bocas têm medo
e os ouvidos correm,
a língua enrola, o peito torce
.
gasto o vocabulário
repetindo outras tantas
dando a hora, o com-passo
o ritmo da dança
quem vê, vê de fora
sente dentro, e troca-t(r)oca.
18 de setembro de 2008
Cordão
de dentro pra fora
do centro pro eixo
eu girei
criei
espaço de tráfego, de rotas de energia
espirais ascendentes
música com o tronco, braços, lados
éramos em tantos
que da mistura dos sons do corpo
geramos dança
pro-nome nosso.
do centro pro eixo
eu girei
criei
espaço de tráfego, de rotas de energia
espirais ascendentes
música com o tronco, braços, lados
éramos em tantos
que da mistura dos sons do corpo
geramos dança
pro-nome nosso.
17 de setembro de 2008
10 de setembro de 2008
meditação
para quê?!
salta de pára-quedas, pára quem dá!
praquem você dá?
por que não ficar
por que não pular?
salta, e no alto avista a abertura de suas pernas
observa o traço que desconjuntado seu corpo risca no ar
junta-o ao nada por onde neste instante passeia,
junta asas, expiração e leveza
pesa tudo na alma [toneladas de excitação]
e inspira....
alcança enfim o carinho de ser, em segundos de grandeza, Humano.
salta de pára-quedas, pára quem dá!
praquem você dá?
por que não ficar
por que não pular?
salta, e no alto avista a abertura de suas pernas
observa o traço que desconjuntado seu corpo risca no ar
junta-o ao nada por onde neste instante passeia,
junta asas, expiração e leveza
pesa tudo na alma [toneladas de excitação]
e inspira....
alcança enfim o carinho de ser, em segundos de grandeza, Humano.
5 de setembro de 2008
2 de setembro de 2008
celinha
31 de agosto de 2008
eita beleza
irritados da poeira
sacudiram os olhos
acudiram a mente, aberto e reto o caminho pra paz.
atrás do Não existido e sentido [temido]
brotaram sobre a pele branca flores coloridas
e na pisada da bota no chão
dura e seca do sol que resseca e desbota
choveu suave e fresco
encontrou afluente amigo
molhou terra, escorrEU pro mar
fluíram juntos num sorriso
poeira juntou cá
capoeira, chuva e par
sacudiram os olhos
acudiram a mente, aberto e reto o caminho pra paz.
atrás do Não existido e sentido [temido]
brotaram sobre a pele branca flores coloridas
e na pisada da bota no chão
dura e seca do sol que resseca e desbota
choveu suave e fresco
encontrou afluente amigo
molhou terra, escorrEU pro mar
fluíram juntos num sorriso
poeira juntou cá
capoeira, chuva e par
26 de agosto de 2008
20 de agosto de 2008
do fotógrafo
18 de agosto de 2008
das duas uma (dez pra uma)
eu prefiro as curvas ao traço reto,
as armadilhas às certezas incertas
a boca suja, desnuda de sentidos
ao silêncio covarde das noites em claro
prefiro meu gargalhar correndo pela madrugada
encontrando par
a dormir rezando, mãos juntas
sem imensidão, sem mar
ah, se prefiro!
as armadilhas às certezas incertas
a boca suja, desnuda de sentidos
ao silêncio covarde das noites em claro
prefiro meu gargalhar correndo pela madrugada
encontrando par
a dormir rezando, mãos juntas
sem imensidão, sem mar
ah, se prefiro!
13 de agosto de 2008
te duvidas por quê?
de onde tiras o ponto que te finalizas
que interrogas tua sina?
partes em tantas quantas até indivisíveis
até quando o tempo já é amigo-lamento
dentro do espaço. do sentir avesso
às vezes te ergues e juntas tuas tralhas
às vezes não, digo que sempre
e no chão tropeça as migalhas
então reparas
são teus, os grãos de pedras
são tuas, preciosas pedras
de onde tiras o ponto que te finalizas
que interrogas tua sina?
partes em tantas quantas até indivisíveis
até quando o tempo já é amigo-lamento
dentro do espaço. do sentir avesso
às vezes te ergues e juntas tuas tralhas
às vezes não, digo que sempre
e no chão tropeça as migalhas
então reparas
são teus, os grãos de pedras
são tuas, preciosas pedras
AMAnTE
do olhar que encontro, que tão perto encanto
de boca em boca faz gosto, sorriso de canto
que escorre gota e passeia pelo rosto
encontra caminhos, vértice na mão-contra
contra peito, rente quente
desfaz teu pranto
faz de mim cega errante,
amante
de boca em boca faz gosto, sorriso de canto
que escorre gota e passeia pelo rosto
encontra caminhos, vértice na mão-contra
contra peito, rente quente
desfaz teu pranto
faz de mim cega errante,
amante
4 de agosto de 2008
quarteto
passeio bom é domingo pelo centro
é liberdade dando de esquina com a sé
cena de novela (AÇÃO!) que termina no copan
(vamos parar pro café?)
chuva fina, molha o rosto, enrola o cabelo
palavra estrangeira na ponta da língua
novos amigos pro almoço, fez-se o elo
presente aliviando a tensão
tudo com gosto de metrópole e sotaque caipira
com sorriso baixinho, visto de cima
no alto da estação
é liberdade dando de esquina com a sé
cena de novela (AÇÃO!) que termina no copan
(vamos parar pro café?)
chuva fina, molha o rosto, enrola o cabelo
palavra estrangeira na ponta da língua
novos amigos pro almoço, fez-se o elo
presente aliviando a tensão
tudo com gosto de metrópole e sotaque caipira
com sorriso baixinho, visto de cima
no alto da estação
folhas amarelas
De onde se inicia uma história? Do ponto de partida que partiu em mim mais de uma. Do final do romance, história vivida e real, que revive a todo instante na memória registradora. Vem da lembrança gaga que pede a si mesma que não lembre, pra que pare de sentir.
Se sinto sei do que sou feita. Vivencio na medida em que experimento. Se calo, guardo sem voz a saudade que me sofre. Assim, do ponto de chegada, ela passa a existir em relato.
Daqui parto.
Se sinto sei do que sou feita. Vivencio na medida em que experimento. Se calo, guardo sem voz a saudade que me sofre. Assim, do ponto de chegada, ela passa a existir em relato.
Daqui parto.
30 de julho de 2008
28 de julho de 2008
ventaniano-mês-oito
secevêapipaporcimadofio
correnumtiro
gritaputaquepariu!
senãoviracinza
sópó
desenhoanimado-com-estréia-em-abril
correnumtiro
gritaputaquepariu!
senãoviracinza
sópó
desenhoanimado-com-estréia-em-abril
27 de julho de 2008
24 de julho de 2008
auto-retrato
tal qual porta me abre
escudo rompido, polido meu espelho
reflexo torcido, contido teu limite
contudo te vejo
torto, a rodo, contorno
água que é poça
ralo que é força
esco(ooo)rre imagem minha ...
ouça! é meu ...
o reflexo da água em tinta
escudo rompido, polido meu espelho
reflexo torcido, contido teu limite
contudo te vejo
torto, a rodo, contorno
água que é poça
ralo que é força
esco(ooo)rre imagem minha ...
ouça! é meu ...
o reflexo da água em tinta
23 de julho de 2008
18 de julho de 2008
online
da tela aberta me aparece
se parece com ela, é fresta pela janela
festa pra irmã mais velha
corpos vem e vão, raspam o azul
amigas dela!
*verso feito com carinho, de repente, pra ela, minha gracinha!
se parece com ela, é fresta pela janela
festa pra irmã mais velha
corpos vem e vão, raspam o azul
amigas dela!
*verso feito com carinho, de repente, pra ela, minha gracinha!
15 de julho de 2008
CENSURADO
amar é sofrer, amar é morrer de dor, xangô agodô, saravá.
me faça sofrer, me faça morrer, mas me faça morrer de amar,
xangô agodô saravá
*abençõe
me faça sofrer, me faça morrer, mas me faça morrer de amar,
xangô agodô saravá
*abençõe
12 de julho de 2008
o que fica?
chegou e viu tudo,
olhou os quatros cantos do quarto,
viu mudanças, viu tinta. cheirou incenso.
desviou o corpo, inclinou
me inclinou
no abraço ficamos até cessar a saudade
até o olhar chegar pra porta
abriu, sorriu e partiu ...
olhou os quatros cantos do quarto,
viu mudanças, viu tinta. cheirou incenso.
desviou o corpo, inclinou
me inclinou
no abraço ficamos até cessar a saudade
até o olhar chegar pra porta
abriu, sorriu e partiu ...
8 de julho de 2008
26 de junho de 2008
santo, amém
coroa minhas asas com cor dourada
faz de proteção meu manto azul
dou tudo, dou nada, solidifico, só fico
traz proteção pra esse mEU descoberto,
traz abrigo
tripé perdido que não é o mesmo da lispector
que só fica se for de verdade,
aura colorida conectada ao cosmo,
trindade ...
em nome do pai, do filho
e do espírito ...
faz de proteção meu manto azul
dou tudo, dou nada, solidifico, só fico
traz proteção pra esse mEU descoberto,
traz abrigo
tripé perdido que não é o mesmo da lispector
que só fica se for de verdade,
aura colorida conectada ao cosmo,
trindade ...
em nome do pai, do filho
e do espírito ...
23 de junho de 2008
t - e - m - p - o
têm pessoas que nunca mudam
e têm pessoas que mudam tanto, que voltam a ser desconhecidas ...
.... eu me re-conheço naquilo que conheço
e têm pessoas que mudam tanto, que voltam a ser desconhecidas ...
.... eu me re-conheço naquilo que conheço
18 de junho de 2008
hahahahahahahahaha
hoje eu sou só-riso
visita amiga, pedaço de pizza
vinho no copo de requeijão
sonho, não mais solidão
visita amiga, pedaço de pizza
vinho no copo de requeijão
sonho, não mais solidão
16 de junho de 2008
pedreiro
ergue pedras, Cola com cimento, com mãos estrutura
ossatura feita da força bruta, dos ossos frágeis que executa
escuta o som ardido do martelo, da pá, da britadeira
ruído ouvido no que coloca de pé(dra) seu desenho
de pedra, tijolo, cimento e cal
da mão grosseira de alergia
assenta o azulejo, senta pro almoço, esquenta o arroz sem sal
dói costas, mãos, ombros e lamento
falta pra pagar a conta, mas deixa a obra pronta
deixa sua obra de arte
esquecida na noite de insônia ...
ossatura feita da força bruta, dos ossos frágeis que executa
escuta o som ardido do martelo, da pá, da britadeira
ruído ouvido no que coloca de pé(dra) seu desenho
de pedra, tijolo, cimento e cal
da mão grosseira de alergia
assenta o azulejo, senta pro almoço, esquenta o arroz sem sal
dói costas, mãos, ombros e lamento
falta pra pagar a conta, mas deixa a obra pronta
deixa sua obra de arte
esquecida na noite de insônia ...
15 de junho de 2008
que resta
se sei do que falo me falta o que sinto, me falta a calma,
a alma estirada sobre teus lencóis
falta a cama de dois, de quem ama de manhã ..
então ... amanhã, nada do que sinto será o que te falei
rasga o verso, deixa a cinza cair de tua altura
do grito alto que te expulso não sobra nada,
sobra a colcha verde sobre minha cama
a alma estirada sobre teus lencóis
falta a cama de dois, de quem ama de manhã ..
então ... amanhã, nada do que sinto será o que te falei
rasga o verso, deixa a cinza cair de tua altura
do grito alto que te expulso não sobra nada,
sobra a colcha verde sobre minha cama
maçã do amor
cabeçadevento-ventania-noquartoandar-
noquartopintado-fez-se-o-escuro-blackout-monamour-
arquivosperdidos-dwgnolixo-fez-se-denovo-oquejásehaviafeito-
re-feito-boraandar-até-o-copan-
lavaroupasuja-comepão-sorri-com-o-amor-
amizadecolorida-édomingodemanhã!
noquartopintado-fez-se-o-escuro-blackout-monamour-
arquivosperdidos-dwgnolixo-fez-se-denovo-oquejásehaviafeito-
re-feito-boraandar-até-o-copan-
lavaroupasuja-comepão-sorri-com-o-amor-
amizadecolorida-édomingodemanhã!
9 de junho de 2008
virá que eu vi!
"e aquilo que nesse momento se revelará aos povos
surpreenderá a todos não por ser exótico
mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
quando terá sido o óbvio ..."
surpreenderá a todos não por ser exótico
mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
quando terá sido o óbvio ..."
8 de junho de 2008
7 de junho de 2008
4 de junho de 2008
vem
jasmim
jaz mim
morte ao próprio eu
jaz auto-ilusão
devaneios
traz à tona a purificação
traz eu
atrás de qualquer escrita, sentida, falada
estou eu
metraz jasmim
jaz mim
morte ao próprio eu
jaz auto-ilusão
devaneios
traz à tona a purificação
traz eu
atrás de qualquer escrita, sentida, falada
estou eu
metraz jasmim
alojadosdentrodela
"eu e ela estávamos ali encostados na parede
ela estava em silêncio, eu estava em silêncio
eu sentia o corpo dela junto ao meu
os dois seios, o ventre, as pernas
e os seus braços me envolviam
eu pensei que ela deveria sentir o calor que eu estava sentindo
nós dois estávamos imóveis encostados na parede
eu não me recordo quanto tempo
mas nós estávamos abraçados
e encostados ali há muito tempo
eu não me recordava se eram horas, dias, meses
nós dois esquecemos naquele momento que nós dois pretendíamos a paz
dentro da violência do mundo
e sem perceber a chegada da paz,
nós dois estávamos alojadosdentrodela ...
nós não saímos da parede e a paz nos encontrou subitamente
não enviou nenhum sinal
e nós não procuramos a paz ..."
ela estava em silêncio, eu estava em silêncio
eu sentia o corpo dela junto ao meu
os dois seios, o ventre, as pernas
e os seus braços me envolviam
eu pensei que ela deveria sentir o calor que eu estava sentindo
nós dois estávamos imóveis encostados na parede
eu não me recordo quanto tempo
mas nós estávamos abraçados
e encostados ali há muito tempo
eu não me recordava se eram horas, dias, meses
nós dois esquecemos naquele momento que nós dois pretendíamos a paz
dentro da violência do mundo
e sem perceber a chegada da paz,
nós dois estávamos alojadosdentrodela ...
nós não saímos da parede e a paz nos encontrou subitamente
não enviou nenhum sinal
e nós não procuramos a paz ..."
1 de junho de 2008
tempocanção
a letra canta, chora, declama
poderia então sentir por mim
tenta ...
estranho sentimento toma conta
das entranhas resmunga a dor de dentro
nem seu som me alcançou
nem sua voz, nem o pranto
o tempo adormeceu ouvindo nossa lentidão
poderia então sentir por mim
tenta ...
estranho sentimento toma conta
das entranhas resmunga a dor de dentro
nem seu som me alcançou
nem sua voz, nem o pranto
o tempo adormeceu ouvindo nossa lentidão
27 de maio de 2008
sentado te chego
pintei como quem nunca soube,
como quem já sabe de cor de que cor é estampa da minha alma
toquei como quem nunca amou
quem ama inocente, no beijo revela pra quem estou
quem dou
dou tudo, à pele branca, desbotada do sabor lambido
entre pernas e cores faço em ti minha morada
és lindo ... do cheiro ao sabor, à vista que te chega
lindo é a palavra que fica e diz mais ...
como quem já sabe de cor de que cor é estampa da minha alma
toquei como quem nunca amou
quem ama inocente, no beijo revela pra quem estou
quem dou
dou tudo, à pele branca, desbotada do sabor lambido
entre pernas e cores faço em ti minha morada
és lindo ... do cheiro ao sabor, à vista que te chega
lindo é a palavra que fica e diz mais ...
20 de maio de 2008
17 de maio de 2008
14 de maio de 2008
paixão
Ando sem palavras como quem procura respostas no silêncio...O silêcio carrega o improvavel, a inspiração e o desconhecido...
Lá vem a barca trazendo o
povo pra liberdade que se conquista
É coisa de poeta navegar na contra-mão.
cris 5-02-03
Lá vem a barca trazendo o
povo pra liberdade que se conquista
É coisa de poeta navegar na contra-mão.
cris 5-02-03
FOMEnto ao teatro
fomento
qual seu fermento?
temos sede
temos fome
da Sede que NÃO habita
faz seu entendi-mento
NOSSO alimento
*sobre o panopreto
qual seu fermento?
temos sede
temos fome
da Sede que NÃO habita
faz seu entendi-mento
NOSSO alimento
*sobre o panopreto
12 de maio de 2008
soma
sinto que cheguei
ninguém sabe como
se sabe do porquê
sinto o enfim
o fim enfim
sinto
sim-TÔ
meu cinto de segurança
minha paz vazia
minha falta de azia
minha dispensa cheia de comida
meu carinho de receber colo
meu sorriso simples do bom dia
minha noite calma na caminha
minha presença no corpo
sorrindo à toa
toda
toda eu enfim minha
sominha
ninguém sabe como
se sabe do porquê
sinto o enfim
o fim enfim
sinto
sim-TÔ
meu cinto de segurança
minha paz vazia
minha falta de azia
minha dispensa cheia de comida
meu carinho de receber colo
meu sorriso simples do bom dia
minha noite calma na caminha
minha presença no corpo
sorrindo à toa
toda
toda eu enfim minha
sominha
medeu
.
medomedomedomedomedo
detantomedodomeiosepartiuemmaisde t r ê s
póvirou
medomedomedomedopassou
deiumchute
dachuteiraquenãocomprei
comosuperpoderencontrei
medomedomedomedomedomedoquedámedo
jánãoémaismeu
.
medomedomedomedomedo
detantomedodomeiosepartiuemmaisde t r ê s
póvirou
medomedomedomedopassou
deiumchute
dachuteiraquenãocomprei
comosuperpoderencontrei
medomedomedomedomedomedoquedámedo
jánãoémaismeu
.
9 de maio de 2008
mãe é mãe-zinha mãe-minha
e pra ela qual vai ser?
vai ser de uma, duas ou 20 linhas?
vai Ser gordinha!
quem dá a vida, vi-dá
viu?! como é fácil pra ela doar?
viva quem viva me fez,
faz ...
quem sem olhar sabe me decifrar
não precisa de cifrão $$
basta seu sorriso pra me acarinhar
basta sua voz ao fio
da casa-família à cidade poluída
sua preocupAÇÃO a me mimar
gigante mulher minha mãezinha
cuida. dedica. e xinga! rs
faz tudo
parece até bombril!
deixa de lado, por vezes, até sua vida
porque vi-dá
multiplica cem vezes seu gesto de cuidar
saberá de que tamanho é feito meu amor
e não é tostão
é fortUNA
que distante 270 km
une assim ela a mim ...
gordinha mais linda que eu já VIda!
eu amo, não tem outro nome ...
vai ser de uma, duas ou 20 linhas?
vai Ser gordinha!
quem dá a vida, vi-dá
viu?! como é fácil pra ela doar?
viva quem viva me fez,
faz ...
quem sem olhar sabe me decifrar
não precisa de cifrão $$
basta seu sorriso pra me acarinhar
basta sua voz ao fio
da casa-família à cidade poluída
sua preocupAÇÃO a me mimar
gigante mulher minha mãezinha
cuida. dedica. e xinga! rs
faz tudo
parece até bombril!
deixa de lado, por vezes, até sua vida
porque vi-dá
multiplica cem vezes seu gesto de cuidar
saberá de que tamanho é feito meu amor
e não é tostão
é fortUNA
que distante 270 km
une assim ela a mim ...
gordinha mais linda que eu já VIda!
eu amo, não tem outro nome ...
ai
inspiração é olho de atenção
220 de a-tensão
liga des-liga
aperta o botão
me aperta!
desperto
me diz-perto ...
despertaDOR
220 de a-tensão
liga des-liga
aperta o botão
me aperta!
desperto
me diz-perto ...
despertaDOR
7 de maio de 2008
disposição
podia ser só um pra cada uma
só uma pra cada um
par que quando de frente não se sePARam
ser par de dois
único e eterno
às vezes parece tão simples
simples amar
parece bastar só a renovAÇÃO
o presente presente em cada dia de união
a mente vem ...
atrapalha, põe fogo na palha
separa o entralaçar dessas nossas mãos
mãos que pedem: escutem apenas o olhar!
mas o coração se subordina às tempestades
olha vesgo
caolho no amor
dia vira noite
noite escura
volta a procura
ou apenas pede cura ...
só uma pra cada um
par que quando de frente não se sePARam
ser par de dois
único e eterno
às vezes parece tão simples
simples amar
parece bastar só a renovAÇÃO
o presente presente em cada dia de união
a mente vem ...
atrapalha, põe fogo na palha
separa o entralaçar dessas nossas mãos
mãos que pedem: escutem apenas o olhar!
mas o coração se subordina às tempestades
olha vesgo
caolho no amor
dia vira noite
noite escura
volta a procura
ou apenas pede cura ...
4 de maio de 2008
boca diz
boca dente papel
palavras acentuadas no assento do quarto de dormir
imagem corre lá e cá, deixa o vento transformar, mutação
nuvens de algo-dão
alguém-dão
a quem dá
a quem pede carinho, companhia na noite pregada no olhar
a quem SOLi-dão, se dão bem a sós frente ao sol
só então porque não
Sol lá si dóR
palavras acentuadas no assento do quarto de dormir
imagem corre lá e cá, deixa o vento transformar, mutação
nuvens de algo-dão
alguém-dão
a quem dá
a quem pede carinho, companhia na noite pregada no olhar
a quem SOLi-dão, se dão bem a sós frente ao sol
só então porque não
Sol lá si dóR
3 de maio de 2008
choro
"a gente vai contra a corrente
até não poder resistir
na volta do barco é que sente
o quanto deixou de cumprir
faz tempo que a gente cultiva
a mais linda roseira que há
mas eis que chega a roda-viva
e carrega a roseira pra lá ..."
hoje é assim. se tudo não foi em vão. onde estão as respostas que nem com o tempo vem.
se me encanto quero da minha vida um canto. quero do mais simples. do mais puro. essência que enche minha alegria. me faz mais viva. mais mulher. mais ser hurmano.
vem uma lágrima. duas. três ... vem até molhar o travesseiro. e depois Deus vem ...
vem o sorriso. conforto quentinho com chocolate quente e mel.
essa vida ...
até não poder resistir
na volta do barco é que sente
o quanto deixou de cumprir
faz tempo que a gente cultiva
a mais linda roseira que há
mas eis que chega a roda-viva
e carrega a roseira pra lá ..."
hoje é assim. se tudo não foi em vão. onde estão as respostas que nem com o tempo vem.
se me encanto quero da minha vida um canto. quero do mais simples. do mais puro. essência que enche minha alegria. me faz mais viva. mais mulher. mais ser hurmano.
vem uma lágrima. duas. três ... vem até molhar o travesseiro. e depois Deus vem ...
vem o sorriso. conforto quentinho com chocolate quente e mel.
essa vida ...
2 de maio de 2008
29 de abril de 2008
olhando
tem aquele meu olhar que é o que mais gosto de olhar
sente tudo por mim
diz tudo sobre mim
me deixa nua
me deixa rindo
me deixa tua
sente tudo por mim
diz tudo sobre mim
me deixa nua
me deixa rindo
me deixa tua
'tantas quantas danças couberem em uma só saia'
roda saia!
roda com outras tantas
enrosca suas cores
faz de arco-íris a roda de coco
faz com peso a leveza que te ergue e gira
saia que roda tem cor que pinta
que atira!
roda com outras tantas
enrosca suas cores
faz de arco-íris a roda de coco
faz com peso a leveza que te ergue e gira
saia que roda tem cor que pinta
que atira!
23 de abril de 2008
escancara!
me vindo essa súbita possibilidade, sensação
me pego num riso reprimido
riso de lado, contido, escondido
querendo escancarar de explosão
me pego re-abrindo
querendo amar de novo o novo
me jogar sem paraquedas
sem estratégias
sem medo da queda
sorrir sem medida, paixão sem ferida
amor sem par-ti-da
me pego num riso reprimido
riso de lado, contido, escondido
querendo escancarar de explosão
me pego re-abrindo
querendo amar de novo o novo
me jogar sem paraquedas
sem estratégias
sem medo da queda
sorrir sem medida, paixão sem ferida
amor sem par-ti-da
22 de abril de 2008
20 de abril de 2008
existência
a árvore é!
não se ex-força pra ser
tem seiva que sobe
elaborada que desce
tem raiz que fixa
verde que cheira
podada se ramifica
fica essa sensação em mim
nada mais posso ser
além daquilo que já sou ...
me rendo então à vontade da terra
à vontade do céu
cuidem
alimentem minha existência ...
não se ex-força pra ser
tem seiva que sobe
elaborada que desce
tem raiz que fixa
verde que cheira
podada se ramifica
fica essa sensação em mim
nada mais posso ser
além daquilo que já sou ...
me rendo então à vontade da terra
à vontade do céu
cuidem
alimentem minha existência ...
16 de abril de 2008
o grito
por que nunca ouso gritar?
ter raiva, odiar?
eu quero, oras!
de onde vem a força que cala,
que não me deixa com um soco destruir
que na compreensão, paciente se faz ciente
e se eu quisesse estourar?
não. não faço. sempre me vem uma voz e diz:
espera Josi, nada é por um triz
tudo é um sorrir
faz da vida seu parir ...
ter raiva, odiar?
eu quero, oras!
de onde vem a força que cala,
que não me deixa com um soco destruir
que na compreensão, paciente se faz ciente
e se eu quisesse estourar?
não. não faço. sempre me vem uma voz e diz:
espera Josi, nada é por um triz
tudo é um sorrir
faz da vida seu parir ...
mais nada
de um prisma te vejo, te queixo
meu queixo vacila, cai, me trai
facetas que me chegam de frestas
abro mais, enxergo menos, caretas
mutilada!
meu queixo vacila, cai, me trai
facetas que me chegam de frestas
abro mais, enxergo menos, caretas
mutilada!
14 de abril de 2008
meus versos na sarjeta
cidade é sentir habitar chover desconstruir
encontro
felicidade e choro
caminho lento no escuro
velocidade cronometrada
con-vivência
carência
passos largos
silêncio
chuva fina
cai concentrada
água que guarda
lambe os prédios e ruas
pontos de ônibus, guarda-chuvas
lambe a cidade
desliza pela sarjeta
sarjeta...
memória gaga
registradora
guarda histórias
meio-fio
meio eu
meio inteira
fronteira
encontro
felicidade e choro
caminho lento no escuro
velocidade cronometrada
con-vivência
carência
passos largos
silêncio
chuva fina
cai concentrada
água que guarda
lambe os prédios e ruas
pontos de ônibus, guarda-chuvas
lambe a cidade
desliza pela sarjeta
sarjeta...
memória gaga
registradora
guarda histórias
meio-fio
meio eu
meio inteira
fronteira
2 de abril de 2008
aparato de vestir
sou pés
bacia
crânio
linha única, espiral que sobe
concentra
expande
improvisa na dança
http://br.youtube.com/watch?v=DgXUctWDF34&feature=related
movimento livre
bacia
crânio
linha única, espiral que sobe
concentra
expande
improvisa na dança
http://br.youtube.com/watch?v=DgXUctWDF34&feature=related
movimento livre
28 de março de 2008
sem título
se tudo não passa de sensação
passa pela peneira aquilo que já não é
escorre, areia diAMANTE
diante do não-desejo,
me vira em oração
me viro num giro, rodopio na roda da vida
acaricio
psiu
passa pela peneira aquilo que já não é
escorre, areia diAMANTE
diante do não-desejo,
me vira em oração
me viro num giro, rodopio na roda da vida
acaricio
psiu
21 de março de 2008
20 de março de 2008
16 de março de 2008
cinema
transborda dos sentidos
alcança a alma, transita entre risada e lágRIMA
faz de mim enxurrada, fluxo de energia que salta
tão alta
chega ao centro irracional
irradia
dia
salta
salto, enxergo de perto a enxurrada
assisto um filme, emocionamos em coro
ao vivo
em cores
me atiro num sorriso
finalizo em choro
visito as lembranças
re-vivo
estou viva!
viva é a paixão
re-vive minha saudade ...
alcança a alma, transita entre risada e lágRIMA
faz de mim enxurrada, fluxo de energia que salta
tão alta
chega ao centro irracional
irradia
dia
salta
salto, enxergo de perto a enxurrada
assisto um filme, emocionamos em coro
ao vivo
em cores
me atiro num sorriso
finalizo em choro
visito as lembranças
re-vivo
estou viva!
viva é a paixão
re-vive minha saudade ...
12 de março de 2008
composição: Seu Cola
cumadi juana dissi cumadi subastiana qui nu fim dessa sumana teve quarenta afilhado
ritmo: baião caipira
ritmo: baião caipira
6 de março de 2008
entre livros e pães
livraria como gosto de padaria
o livro ria ao virar suas últimas folhas
caíram ao chão suas fantasias
como folhas,
subiram ao céu as alegrias
como gotas de vapor
te diria se fosse
comeria como pão
desmancharia nosso chão
de dia de noite
encheria teu prazer
maravilha
sigo enfim pela trilha que afasta a rotina
descortina a vida!
vamos à bella paulista!
delícia!
o livro ria ao virar suas últimas folhas
caíram ao chão suas fantasias
como folhas,
subiram ao céu as alegrias
como gotas de vapor
te diria se fosse
comeria como pão
desmancharia nosso chão
de dia de noite
encheria teu prazer
maravilha
sigo enfim pela trilha que afasta a rotina
descortina a vida!
vamos à bella paulista!
delícia!
4 de março de 2008
ai, o amor
"amo-te tanto meu amor... não cante
o humano coração com mais verdade...
amo-te como amigo e como amante
numa sempre diversa realidade.
amo-te enfim, de um calmo amor prestante
e te amo além, presente na saudade.
amo-te, enfim, com grande liberdade
dentro da eternidade e a cada instante.
amo-te como um bicho, simplesmente
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente
e de te amar assim, muito e amiúde
é que um dia em teu corpo de repente
hei de morrer de amar mais do que pude"
vinicius
o humano coração com mais verdade...
amo-te como amigo e como amante
numa sempre diversa realidade.
amo-te enfim, de um calmo amor prestante
e te amo além, presente na saudade.
amo-te, enfim, com grande liberdade
dentro da eternidade e a cada instante.
amo-te como um bicho, simplesmente
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente
e de te amar assim, muito e amiúde
é que um dia em teu corpo de repente
hei de morrer de amar mais do que pude"
vinicius
árvore invertida
meu alimento percepção
organizador, estruturador da manifestAÇÃO
às vezes com dor
por vezes sem dor
sempre com ardor
minha impressão
raio-X do mundo
imprime no meu corpo, no espaço entre dois movimentos
aquilo que sou
abro um sorriso
desdou o nó
sou sol
organizador, estruturador da manifestAÇÃO
às vezes com dor
por vezes sem dor
sempre com ardor
minha impressão
raio-X do mundo
imprime no meu corpo, no espaço entre dois movimentos
aquilo que sou
abro um sorriso
desdou o nó
sou sol
27 de fevereiro de 2008
mundo encantado
eu:
- acredito que tudo tenha um valor estético e artístico, esse valor só precisa ser ativado e revelado
o outro:
- me arrisco a dizer que tudo tenha um valor Sagrado ...
*con-vivênciaS !
...
- acredito que tudo tenha um valor estético e artístico, esse valor só precisa ser ativado e revelado
o outro:
- me arrisco a dizer que tudo tenha um valor Sagrado ...
*con-vivênciaS !
...
26 de fevereiro de 2008
O Poema
"Uma formiguinha atravessa, em diagonal, a página ainda em branco. Mas ele, aquela noite, não escreveu nada. Para quê? Se por ali já havia passado o frêmito e o mistério da vida ... "
Mario Quintana
Mario Quintana
assim será
quero mergulhar no mar das possibilidades e abraçar todos os queridos
meus amigos, meus amantes, meus amores, meus primos
aquele que está por vir
vou aguardá-lo, em vigília de paz
pra guardá-lo no meu melhor lugar
virá e me levará até o mar
...
amar
meus amigos, meus amantes, meus amores, meus primos
aquele que está por vir
vou aguardá-lo, em vigília de paz
pra guardá-lo no meu melhor lugar
virá e me levará até o mar
...
amar
quem diz mais
me contaram do movimento. do fragmento. do não lamento. vi dos portais conscientes as flores abrindo. me colocando sobre a água. o ato criador é a própria criação. eis a dança. a interpretação. o deslocamento das idéias buscando a força na parte. fragmentário movimento gerador da ação. fragmento em si dotado do todo. mas sem significação isolado. a ausência do lamento. pois a força está na vivência.
eu vi. eu sorri. eu compreendi
dancemos!
eu vi. eu sorri. eu compreendi
dancemos!
24 de fevereiro de 2008
noite de 23/02
agradeço
sim, eu mereço
amoleço
eu cresço
deixo meu apreço
por ela que me trouxe essa graça
obrigada pela noite mágica!
sim, eu mereço
amoleço
eu cresço
deixo meu apreço
por ela que me trouxe essa graça
obrigada pela noite mágica!
23 de fevereiro de 2008
21 de fevereiro de 2008
consciência
visto
visito
vestido
insisto
sinto
não desisto
resisto
o visto é o seu não visto
o real não é o seu vestido
insisto no sonho que sinto
visto meu desejo de fundo luminoso
visito o que em mim resiste
existe
enfim, existo
visito
vestido
insisto
sinto
não desisto
resisto
o visto é o seu não visto
o real não é o seu vestido
insisto no sonho que sinto
visto meu desejo de fundo luminoso
visito o que em mim resiste
existe
enfim, existo
13 de fevereiro de 2008
o silêncio entre
"Encontrar-se no ' vazio ' pode ser desorientador e até assustador. Nada em que se apoiar, nenhum sentido de direção, nem mesmo um indício a respeito de quais opções e possibilidades poderiam estar à frente. Era, porém, exatamente esse estado de potencialidade pura que existia antes que o universo fosse criado. Tudo o que você pode fazer agora é relaxar no seio dessa não-materialidade... Mergulhar nesse silêncio entre as palavras... Observar esse vazio entre a expiração e a inspiração, e guardar o tesouro de cada momento da existência. Alguma coisa sagrada está para nascer."
Osho
Osho
10 de fevereiro de 2008
hoje o samba saiu!
"de tanto levar frechada do teu olhar
meu peito até parece sabe o quê?
tauba de tiro ao alvaro
não tem mais onde furar!"
meu peito até parece sabe o quê?
tauba de tiro ao alvaro
não tem mais onde furar!"
a arte é janela da alma
por que a arte é contemporânea
se a alma é atemporal?
se a noção de tempo é uma invenção do homem moderno,
se meu espírito experimentou todas as idades:
do nascimento da Lua ao dia em que fui tua!
a palavra monta o conceito
e desmonta a experiência ...
se a alma é atemporal?
se a noção de tempo é uma invenção do homem moderno,
se meu espírito experimentou todas as idades:
do nascimento da Lua ao dia em que fui tua!
a palavra monta o conceito
e desmonta a experiência ...
7 de fevereiro de 2008
quando eu olho com mEUs OlhOs eu vejo dança!
círculos coloridos
maiores, menores
de todos os tamanhos!
guarda-chuvaS
guardam um ritmo
dezenas, centenas deles
guardam, executam movimentos suaves e ligeiros
pra cima, pra baixo
em frente, atrás
na contramão
por todos os lados
cruzando-se
fazendo dança
dançando
flertando-se
pra cima, pra baixo!
suave! ligeiro! em frente
sem fim!
eu vejo. escuto.
são escudos bailando
na saída do metrô consolação
movimentam a avenida
é lindo! lindo!
movimentam o meu coração,
o espaço!
arquitetura em movimento ...
e eu entrei pra ver todo o espetáculo
com um único bilhete
bilhete único
de camarote!
maiores, menores
de todos os tamanhos!
guarda-chuvaS
guardam um ritmo
dezenas, centenas deles
guardam, executam movimentos suaves e ligeiros
pra cima, pra baixo
em frente, atrás
na contramão
por todos os lados
cruzando-se
fazendo dança
dançando
flertando-se
pra cima, pra baixo!
suave! ligeiro! em frente
sem fim!
eu vejo. escuto.
são escudos bailando
na saída do metrô consolação
movimentam a avenida
é lindo! lindo!
movimentam o meu coração,
o espaço!
arquitetura em movimento ...
e eu entrei pra ver todo o espetáculo
com um único bilhete
bilhete único
de camarote!
5 de fevereiro de 2008
sapos na estrada
tem um ponto específico no corpo para desfazer essa tensão,
aperte
na dobrinha perto do cotovelo
aperte ..
do-in
doído
é sim
quantos sapos engolimos por dia, por mês,
por estação?
e por trabalho, por amigo, inimigo,
amor perdido ou embriaguez?
dói
corrói
no coração ...
aperte!
perto do peito sentirá o alívio,
solta
salta
engulo-aperto-solto
ou
não engulo, solto perto do entulho
aperte
na dobrinha perto do cotovelo
aperte ..
do-in
doído
é sim
quantos sapos engolimos por dia, por mês,
por estação?
e por trabalho, por amigo, inimigo,
amor perdido ou embriaguez?
dói
corrói
no coração ...
aperte!
perto do peito sentirá o alívio,
solta
salta
engulo-aperto-solto
ou
não engulo, solto perto do entulho
3 de fevereiro de 2008
mal da modernidade
(pós) modernidade
vem e tira nossa eternIDADE
corta as raízes a cada espaço de tempo perCORRIDO
tornou-nos escravos da mediocridade
sinto-me numa corrida,
na qual quem consome mais energia alheia vence o vencido
oprimido ...
quem sabe mais o francês, o ballet e o adobe premiere
ou praticou tênis e fez curso de inglês
sai na frente, esnobando seu poder
a Experiência e a Sabedoria nada contam na disPUTA
muito menos o seu SER ...
estão abertas as vagas para o curso de enologia
levando um amigo você ganha 50% de desconto na matrícula,
reserve ainda um tempo pro MBA
mexa-se, vá a luta!
ou você pode acabar na Augusta
sua puta!
vem e tira nossa eternIDADE
corta as raízes a cada espaço de tempo perCORRIDO
tornou-nos escravos da mediocridade
sinto-me numa corrida,
na qual quem consome mais energia alheia vence o vencido
oprimido ...
quem sabe mais o francês, o ballet e o adobe premiere
ou praticou tênis e fez curso de inglês
sai na frente, esnobando seu poder
a Experiência e a Sabedoria nada contam na disPUTA
muito menos o seu SER ...
estão abertas as vagas para o curso de enologia
levando um amigo você ganha 50% de desconto na matrícula,
reserve ainda um tempo pro MBA
mexa-se, vá a luta!
ou você pode acabar na Augusta
sua puta!
2 de fevereiro de 2008
arco-íris
todas as fatias de céu roubadas de São Paulo
aqui estão
dispostas, uma a uma,
coloridas
compondo o infinito do espaço,
dando seu ritmo
imensiDÃO
já não são o opaco
não mais opacas
já não estão recortadas,
inteiras, preenchem com luz e beleza
minhas retinas desbotadas...
o universo me pega
é parte do que sou
sou parte do céu
me apego, não me nego
sou réu!
aqui estão
dispostas, uma a uma,
coloridas
compondo o infinito do espaço,
dando seu ritmo
imensiDÃO
já não são o opaco
não mais opacas
já não estão recortadas,
inteiras, preenchem com luz e beleza
minhas retinas desbotadas...
o universo me pega
é parte do que sou
sou parte do céu
me apego, não me nego
sou réu!
30 de janeiro de 2008
são, sã!
compreensão
com pressão
não! sem presSÃO!
sem pressa
são compressas de feridas leves,
levo rente à pele quente
que sem pressa, cura o pensamento doente
sem pressa
compreendo
não prendo
entendo
tendo entre o pensamento doente e o coração, meu caminho ÃO
meu carinho
carrinho de paixão
dão vida, dão cheiros de flores
dão amores
dão alívio na tensão
devagar divago ...
não há nada de vago!
com pressão
não! sem presSÃO!
sem pressa
são compressas de feridas leves,
levo rente à pele quente
que sem pressa, cura o pensamento doente
sem pressa
compreendo
não prendo
entendo
tendo entre o pensamento doente e o coração, meu caminho ÃO
meu carinho
carrinho de paixão
dão vida, dão cheiros de flores
dão amores
dão alívio na tensão
devagar divago ...
não há nada de vago!
Florbela Espanca
"São mortos os que nunca acreditaram
que esta vida é somente uma passagem,
um atalho sombrio, uma paisagem
onde os nossos sentidos se pousaram.
São mortos os que nunca alevantaram
de entre escombros a Torre de Menagem
dos seus sonhos de orgulho e de coragem,
e os que não riram e os que não choraram.
Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
quando eu partir para o País da Luz,
a sombra calma de um entardecer,
Tombando, em doces pregas de mortalha,
sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,
na solidão dum campo de batalha!"
(sob a luz)
que esta vida é somente uma passagem,
um atalho sombrio, uma paisagem
onde os nossos sentidos se pousaram.
São mortos os que nunca alevantaram
de entre escombros a Torre de Menagem
dos seus sonhos de orgulho e de coragem,
e os que não riram e os que não choraram.
Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
quando eu partir para o País da Luz,
a sombra calma de um entardecer,
Tombando, em doces pregas de mortalha,
sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,
na solidão dum campo de batalha!"
(sob a luz)
27 de janeiro de 2008
26 de janeiro de 2008
da janela eu vejo
a roda gira,
a vela queima
escurece o dia
quem me faz companhia?
toca a campainha, solidão
passa a água entre o pó
passo o café
agradeço, faço uma prece
solidão me obedece,
quer mais uma xícara?
queima o incenso
vira a página do livro
gira a Terra, movimenta o mar
acrescenta mais um no censo de maio
quem te faz alegria?
pisa no chão
desgasta o solado da sandália
dá nó meu cordão
queima a mandala
a Lua é cheia
quem desfaz o nó dos que dão?
de tudo nasce um-verso
universo
uni o que morreu ao que nasceu
tudo vai,
de tudo, algo vem ...
não é não meu bem?
movimentos
movimenta
a roda gira, eu gero
o café acaba, a Lua cresce
do universo eu peço, eu rezo, eu quero ...
eu espero
"não existem perdas, existem movimentos"
a vela queima
escurece o dia
quem me faz companhia?
toca a campainha, solidão
passa a água entre o pó
passo o café
agradeço, faço uma prece
solidão me obedece,
quer mais uma xícara?
queima o incenso
vira a página do livro
gira a Terra, movimenta o mar
acrescenta mais um no censo de maio
quem te faz alegria?
pisa no chão
desgasta o solado da sandália
dá nó meu cordão
queima a mandala
a Lua é cheia
quem desfaz o nó dos que dão?
de tudo nasce um-verso
universo
uni o que morreu ao que nasceu
tudo vai,
de tudo, algo vem ...
não é não meu bem?
movimentos
movimenta
a roda gira, eu gero
o café acaba, a Lua cresce
do universo eu peço, eu rezo, eu quero ...
eu espero
"não existem perdas, existem movimentos"
Mãe Natureza
"A humanidade, como o resto da vida orgânica, existe sobre a Terra para os fins próprios da Terra. E ela é exatamente o que deve ser para responder às necessidades da Terra no momento presente.
Só um pensamento tão teórico e afastado dos fatos como o pensamento europeu moderno podia imaginar a possibilidade de uma evolução do homem independente da natureza ambiente, ou considerar a evolução do homem como gradual conquista da natureza.
Quer viva, quer morra, evolua ou degenere o homem serve igualmente aos fins da natureza!"
Gurdjieff
Só um pensamento tão teórico e afastado dos fatos como o pensamento europeu moderno podia imaginar a possibilidade de uma evolução do homem independente da natureza ambiente, ou considerar a evolução do homem como gradual conquista da natureza.
Quer viva, quer morra, evolua ou degenere o homem serve igualmente aos fins da natureza!"
Gurdjieff
25 de janeiro de 2008
pedreiro
as pedras gargalham no meio do caminho
uma a uma juntam-se
textura rígida sobre o chão
costuram a terra, tampam seus ouvidos
gargalham
tampam os olhos do pedestre desatento
sofrido
donas da superfície irregular, são elas, de base sólida
são dores do pé descalço
pobre pedestre
gargalham as pedras
da terra sobe a luz, abre o chão
sofrido sorri sobre a textura
abrem-se os ouvidos
vê entre,
o vão
as pedras lhe servem de chão
ou choro se enxerga em vão ...
uma a uma juntam-se
textura rígida sobre o chão
costuram a terra, tampam seus ouvidos
gargalham
tampam os olhos do pedestre desatento
sofrido
donas da superfície irregular, são elas, de base sólida
são dores do pé descalço
pobre pedestre
gargalham as pedras
da terra sobe a luz, abre o chão
sofrido sorri sobre a textura
abrem-se os ouvidos
vê entre,
o vão
as pedras lhe servem de chão
ou choro se enxerga em vão ...
comilança e lambança
gosto mesmo é do bauru
napadria perdicasa eu como mesmo se for cru
crufagia
já me vem a fadiga
eu como de tudo
essa noite sonhei que dois homens me beijavam abaixo da cintura
crua e nua pela rua
de manhã iremos apadria
viajaremos para bauru
e trocaremos de cintura
à tarde
comeremos nossas vontades
do misto ao bauru
napadria perdicasa eu como mesmo se for cru
crufagia
já me vem a fadiga
eu como de tudo
essa noite sonhei que dois homens me beijavam abaixo da cintura
crua e nua pela rua
de manhã iremos apadria
viajaremos para bauru
e trocaremos de cintura
à tarde
comeremos nossas vontades
do misto ao bauru
15 de janeiro de 2008
parabéns pai
ele é assim, sem fazer nada faz um tudo
deixa a vida mais fácil de respirAR
além, mais linda, mais simples de acreditar
acredita na coisa dita
mais ainda na coisa sentida
apóia
feito mesa de madeira nativa
apoio
firme, forte
com aquela barba
que conheço desde piquitita
ben-dita barba!
sorri
faz cara de bravo
fala da natureza como quem a descobre pela primeira vez
fala de nomes que guardo uma só vez
goiaba, formiga, manga, bem-te-vi, saracura
tá tudo na sagrada escritura!
carrega como relíquia
faz seu chão assentado de piso simples, da Bíblia
bem assentado
acabamento que agrada os olhares
os lares
sua ARTE, seu ponto de vista
quantas alegrias!
grati-dão
me dão
seu jeito me faz sorrir
sou grata
e nada mais poderia ser
é o tudo!
sou aPAIxonada
deixa a vida mais fácil de respirAR
além, mais linda, mais simples de acreditar
acredita na coisa dita
mais ainda na coisa sentida
apóia
feito mesa de madeira nativa
apoio
firme, forte
com aquela barba
que conheço desde piquitita
ben-dita barba!
sorri
faz cara de bravo
fala da natureza como quem a descobre pela primeira vez
fala de nomes que guardo uma só vez
goiaba, formiga, manga, bem-te-vi, saracura
tá tudo na sagrada escritura!
carrega como relíquia
faz seu chão assentado de piso simples, da Bíblia
bem assentado
acabamento que agrada os olhares
os lares
sua ARTE, seu ponto de vista
quantas alegrias!
grati-dão
me dão
seu jeito me faz sorrir
sou grata
e nada mais poderia ser
é o tudo!
sou aPAIxonada
10 de janeiro de 2008
criança em dança
danço
dançam
dançamos
dancemos
dança, dançando!
dancem!
com c
com cedilha
a dança dedilha as cordas mais íntimas do corpo!
dancemos ...
dançam
dançamos
dancemos
dança, dançando!
dancem!
com c
com cedilha
a dança dedilha as cordas mais íntimas do corpo!
dancemos ...
Kabir
Dance, meu coração! Dance hoje com alegria. As formas do amor enchem os dias e as noites de música, e o mundo ouve a melodia. Loucas de alegria, a vida e a morte dançando ao ritmo dessa música.As montanhas, o mar e a terra dançam. O mundo do homem dança em riso e lágrimas.
8 de janeiro de 2008
prazer
fiz biologia
mas me encantei mesmo foi pela orgia
hoje em dia as horas viram a esquina
me encontram ali, atrás da cortina
descoberta
aberta!
sem sentidos
cega, apenas meu corpo me dá as respostas
minhas costas revelam meu desejo
minhas bocas acariciam o estranho
me reconheço,
assumo o desconhecido
e encho de prazer meu sorriso
mas me encantei mesmo foi pela orgia
hoje em dia as horas viram a esquina
me encontram ali, atrás da cortina
descoberta
aberta!
sem sentidos
cega, apenas meu corpo me dá as respostas
minhas costas revelam meu desejo
minhas bocas acariciam o estranho
me reconheço,
assumo o desconhecido
e encho de prazer meu sorriso
2 de janeiro de 2008
exercitANDO
diante das coisas não ditas
dos passos sem marcas no asfalto, no chão de terra batida
do murmúrio baixo que não ultra-passa os ouvidos presentes
ou-vindos de outros por trás das janelas
ausentes de palavras altas
corre tudo no imagináRIO da vida
correnteza forte levada a tempo
sem pressa, sem calma, descompassada com minh'alma
minha alteza, minha REALeza
fantasia que eleva os pobres
alma empobrecida pela vaidade
enCAPAda de egoísmo, diz não à cumplicidade
esTAMPAda de cores em preto e branco
corre tudo, anda sem ritmo pelo labirinto
sem saber que as portas não correm na mesma velocidade
estão aquém, além do tempo
voam por cima do ego, aberturas que permitem mEU
dos passos sem marcas no asfalto, no chão de terra batida
do murmúrio baixo que não ultra-passa os ouvidos presentes
ou-vindos de outros por trás das janelas
ausentes de palavras altas
corre tudo no imagináRIO da vida
correnteza forte levada a tempo
sem pressa, sem calma, descompassada com minh'alma
minha alteza, minha REALeza
fantasia que eleva os pobres
alma empobrecida pela vaidade
enCAPAda de egoísmo, diz não à cumplicidade
esTAMPAda de cores em preto e branco
corre tudo, anda sem ritmo pelo labirinto
sem saber que as portas não correm na mesma velocidade
estão aquém, além do tempo
voam por cima do ego, aberturas que permitem mEU
1 de janeiro de 2008
...
Resta essa capacidade de sorrir
depois de caídas todas as lágrimas
o desejo insaciável de amar e ser amada
a cada abandono desesperado do amargo não
resta a vontade de renovar a aliança
sentir renascer a cumpliCIDADE
a ternura tola dos poetas
condenada pela eternidade à prisão da esperança
o resto é resto!
depois de caídas todas as lágrimas
o desejo insaciável de amar e ser amada
a cada abandono desesperado do amargo não
resta a vontade de renovar a aliança
sentir renascer a cumpliCIDADE
a ternura tola dos poetas
condenada pela eternidade à prisão da esperança
o resto é resto!
amém
rezei pra nossa senhora me tirar a dor
quis nunca mais engolir
sim digo sim ao amor
não, me diz não o amor
engoli
li reli todos os versos
não entendi
aquela mutação
então sofri
sofrEU aquele amor
não me faz digestão
peço então
da nossa senhora a proteção
contra a dor que vem do amor
contra os enganos
contra o eu que não me faz bem
contra o tu
não me quer bem
força todos os dias
a cada bom dia
eu quero força
para além
me traga alguém do bem ...
vem vem
amém!
quis nunca mais engolir
sim digo sim ao amor
não, me diz não o amor
engoli
li reli todos os versos
não entendi
aquela mutação
então sofri
sofrEU aquele amor
não me faz digestão
peço então
da nossa senhora a proteção
contra a dor que vem do amor
contra os enganos
contra o eu que não me faz bem
contra o tu
não me quer bem
força todos os dias
a cada bom dia
eu quero força
para além
me traga alguém do bem ...
vem vem
amém!
Assinar:
Postagens (Atom)