hoje eu anoiteço e me recordo daquela estação com um gesto talvez não de saudade
não de agonia, diferente da solidão
acordo com gosto da capacidade do sentir
sentir tão lindo e tão dentro
purinho
na perspectiva das possibilidades de encontros de lugares meus
dessa emoção que brota dum dia ensolarado
ou numa noite troca e toca,
cresce sem permissão, alimentado de coisas que mexem e remexem a alma
me botam na calma, de encontro com sou, estou e vou.
23 de dezembro de 2008
22 de dezembro de 2008
21 de dezembro de 2008
18 de dezembro de 2008
15 de dezembro de 2008
9 de dezembro de 2008
7 de dezembro de 2008
ver-sol
quando já estivermos na escassez da palavra
e tudo antes existido se dissolver
disso vou escrever, ver o que ainda resta pros ouvidos quase mortos
quero o vestido rodado mais esquecido
contar de suas cores num giro
se já não houver mais corpos a rodá-lo
dançarei eu só
só eu
entre letras até às seis
até ressuscitá-las das bocas, das fitas e das orquídeas
até o verSÓ se ver-sou.
e tudo antes existido se dissolver
disso vou escrever, ver o que ainda resta pros ouvidos quase mortos
quero o vestido rodado mais esquecido
contar de suas cores num giro
se já não houver mais corpos a rodá-lo
dançarei eu só
só eu
entre letras até às seis
até ressuscitá-las das bocas, das fitas e das orquídeas
até o verSÓ se ver-sou.
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