31 de março de 2010

veio na pele

nego, os dias correm comigo andando
na corda amarrada entre as pontas dos minutos dos suspiros imaginativos
uma mente em vôo
caminho
no meio, minha caminha..
você ao lado
eu de lado não escuto o grito dos injustiçados
escuto as preces
não peço de mãos e pés juntos
34%
peço um poema estampado nos olhos que habitam essa Terra

acordo com gosto
talvez se
e dia que nasce de um poema, nasce bem
bem-te-vendo
bem-vindo
não temos porcentagens no cardápio do dia
valores em reais cruzeiro libras ou euros

temos um romantismo frustrado
mas ainda sim. doce feito água de nascente de rio.
re sem pre re
criar

força da natureza da Terra
qualquer dia vem ela com tudo, vem (d)ela
troca de pele,
deixa velho até homem descrente
eu na pele viro poro,
poro para
nova vida de outros tempos

24 de março de 2010

canta canta minha gente
cante-o
canteiro
dança a obra do mestre
cantado à força bruta
tuas mãos não são sujas
o calo que nasce do calor
à margem
no canteiro
canto-te pedreiro de pedra
num canto da obra mora teu nome
mora noutro tua família canto
canteiro verde de plantas nativas

sou viva do canteiro que me criaste.
mestre e pai

11 de março de 2010

3 de março de 2010