31 de março de 2009

dayane

de um ponto preenchido no branco, vazio esperando um rasgo
sua linha
curva, que tempo ouvi, tanto vi
luz de mesa
noites de mãos
silêncio de sua solidão
era desenho, e então cor que pintava o preto no branco
era filme
era ela, outros, e eu girando
tudo junto. linhas, noites e orgãos
pulmões, desencontros e música
roda-roda criança!
vida vindas de folhas em branco
anoiteci contando sua criação
existimos nela
ouvimos cantos
trilha agitada para respirações tão pausadas
todo seu ato criador era agora meu mundo
era eu viva nele.

25 de março de 2009

cordele


ele tem todas as cores ..

19 de março de 2009

tem escritas que sinto falta
sons de er ir ara para, ado, endo ELO isso, frio
palavras esticADAS
calorrr
nós
uma mistura ritmada
em versos que sACUDIAm cada novo dia de sol pela janELA.
e ele.

parece

movimenta em mim algo dentro

sem mais. ou menos
sem tantas palavras ou coisa que me enche o medo.
não há espaço para o amor.

16 de março de 2009

15 de março de 2009

eu eueu eueueueu eueu eu

eu

que sou eu na infinitude de eus que possa eu ser?
sou eu cor desbotada da parede-morada (?)
acúmulo de nadas, camada respingada de azeite limão e deleites
doces prazeres, doces rapazes
cruel tempo saboreio no paladar adormecido
saboroso presente no espaço permeio
eu no meio
entre
suas costas. pernas. lados

que sou eu. sou eu crua
eu sua

10 de março de 2009

mel na caneca meleca

cadê?
ca de ca ne ca
neca de pitibiriba
corclara, cordela
uma bagatELA
tu já foste?
lá em Tapiratiba
afrouxe então!
bolso e sola de pé
caneca cabe em duas pisadas
cabela?
ida e volta e tá ela
tadinha dela
mel e ela.
meleca
por uma neca.








*naDICA de nada

4 de março de 2009

acrilírico

"olhar colírico
lírios plásticos do campo e do contracampo
telástico cinemascope
teu sorriso
tudo isso

tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido
na minha adolescidade
idade de pedra e paz

teu sorriso quieto no meu canto

ainda canto o ido o tido o dito
o dado o consumido
o consumadoAto
do amor morto motor da saudade

diluído na grandiCIDADE
idade de pedra
ainda canto quieto o que conheço

quero o que não mereço
o começo
quero canto de vinda
divindade do duro totem futuro total
tal qual quero canto

por enquanto apenas mino o campo ver-te
acre e lírico o sorvete
acrílico Santo Amargo da Pu(t)rificação"


CaetanoVeloso



copia cola e escuta tua

http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umamusica&nomeplaylist=003491-5_11AcrilíricoCaetano_Veloso0000Caetano_Veloso

2 de março de 2009

fam-ilha

e ela foi ....
deixei 2 o quarto, de 5 ficaram quatro
mais ela, subtraiu
na partida pai-mãe-e-1 quarto de 1
de uma...


de 5 pulou pro 3


tem uma saudade aqui
tenho uma família enfim,
no fim somos um pingado de gente
que roda o mundo, cruza o estado, estica o braço e contorna o telefone sem fio, celular, a estrada de buraco.
tem um aperto
e uma vontade de um abraço apertado ...