3 de outubro de 2011

o sentir-se e medir-me
mentiria qualquer palavra querendo dizer sobre o pouco
sob o pobre, pôr-do-solado
sola que esfrego e roda
pé(s)-comunhão
dedos de gente criando mão e algum indício
de fita métrica
esticada sobre meu passado
medida no hoje e apontada para sonhos
nossos
tudo de distância vira régua milimétrica de amor
uma noite de meu lado sem o seu
é amor transbordado em agora
palavras escritas
o solado, seu pé, sapateio
sapateiro na sua terra
esfrega o gosto desse tudo na alma
me capoeira
esfrega o chão da cozinha de ginga bendita
tempo-que-é-tempo espera e vive
enche o tapete de formiga
qualquer vida tem meu nome
bendigo dizeres e vôo