compreensão
com pressão
não! sem presSÃO!
sem pressa
são compressas de feridas leves,
levo rente à pele quente
que sem pressa, cura o pensamento doente
sem pressa
compreendo
não prendo
entendo
tendo entre o pensamento doente e o coração, meu caminho ÃO
meu carinho
carrinho de paixão
dão vida, dão cheiros de flores
dão amores
dão alívio na tensão
devagar divago ...
não há nada de vago!
30 de janeiro de 2008
Florbela Espanca
"São mortos os que nunca acreditaram
que esta vida é somente uma passagem,
um atalho sombrio, uma paisagem
onde os nossos sentidos se pousaram.
São mortos os que nunca alevantaram
de entre escombros a Torre de Menagem
dos seus sonhos de orgulho e de coragem,
e os que não riram e os que não choraram.
Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
quando eu partir para o País da Luz,
a sombra calma de um entardecer,
Tombando, em doces pregas de mortalha,
sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,
na solidão dum campo de batalha!"
(sob a luz)
que esta vida é somente uma passagem,
um atalho sombrio, uma paisagem
onde os nossos sentidos se pousaram.
São mortos os que nunca alevantaram
de entre escombros a Torre de Menagem
dos seus sonhos de orgulho e de coragem,
e os que não riram e os que não choraram.
Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
quando eu partir para o País da Luz,
a sombra calma de um entardecer,
Tombando, em doces pregas de mortalha,
sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,
na solidão dum campo de batalha!"
(sob a luz)
27 de janeiro de 2008
26 de janeiro de 2008
da janela eu vejo
a roda gira,
a vela queima
escurece o dia
quem me faz companhia?
toca a campainha, solidão
passa a água entre o pó
passo o café
agradeço, faço uma prece
solidão me obedece,
quer mais uma xícara?
queima o incenso
vira a página do livro
gira a Terra, movimenta o mar
acrescenta mais um no censo de maio
quem te faz alegria?
pisa no chão
desgasta o solado da sandália
dá nó meu cordão
queima a mandala
a Lua é cheia
quem desfaz o nó dos que dão?
de tudo nasce um-verso
universo
uni o que morreu ao que nasceu
tudo vai,
de tudo, algo vem ...
não é não meu bem?
movimentos
movimenta
a roda gira, eu gero
o café acaba, a Lua cresce
do universo eu peço, eu rezo, eu quero ...
eu espero
"não existem perdas, existem movimentos"
a vela queima
escurece o dia
quem me faz companhia?
toca a campainha, solidão
passa a água entre o pó
passo o café
agradeço, faço uma prece
solidão me obedece,
quer mais uma xícara?
queima o incenso
vira a página do livro
gira a Terra, movimenta o mar
acrescenta mais um no censo de maio
quem te faz alegria?
pisa no chão
desgasta o solado da sandália
dá nó meu cordão
queima a mandala
a Lua é cheia
quem desfaz o nó dos que dão?
de tudo nasce um-verso
universo
uni o que morreu ao que nasceu
tudo vai,
de tudo, algo vem ...
não é não meu bem?
movimentos
movimenta
a roda gira, eu gero
o café acaba, a Lua cresce
do universo eu peço, eu rezo, eu quero ...
eu espero
"não existem perdas, existem movimentos"
Mãe Natureza
"A humanidade, como o resto da vida orgânica, existe sobre a Terra para os fins próprios da Terra. E ela é exatamente o que deve ser para responder às necessidades da Terra no momento presente.
Só um pensamento tão teórico e afastado dos fatos como o pensamento europeu moderno podia imaginar a possibilidade de uma evolução do homem independente da natureza ambiente, ou considerar a evolução do homem como gradual conquista da natureza.
Quer viva, quer morra, evolua ou degenere o homem serve igualmente aos fins da natureza!"
Gurdjieff
Só um pensamento tão teórico e afastado dos fatos como o pensamento europeu moderno podia imaginar a possibilidade de uma evolução do homem independente da natureza ambiente, ou considerar a evolução do homem como gradual conquista da natureza.
Quer viva, quer morra, evolua ou degenere o homem serve igualmente aos fins da natureza!"
Gurdjieff
25 de janeiro de 2008
pedreiro
as pedras gargalham no meio do caminho
uma a uma juntam-se
textura rígida sobre o chão
costuram a terra, tampam seus ouvidos
gargalham
tampam os olhos do pedestre desatento
sofrido
donas da superfície irregular, são elas, de base sólida
são dores do pé descalço
pobre pedestre
gargalham as pedras
da terra sobe a luz, abre o chão
sofrido sorri sobre a textura
abrem-se os ouvidos
vê entre,
o vão
as pedras lhe servem de chão
ou choro se enxerga em vão ...
uma a uma juntam-se
textura rígida sobre o chão
costuram a terra, tampam seus ouvidos
gargalham
tampam os olhos do pedestre desatento
sofrido
donas da superfície irregular, são elas, de base sólida
são dores do pé descalço
pobre pedestre
gargalham as pedras
da terra sobe a luz, abre o chão
sofrido sorri sobre a textura
abrem-se os ouvidos
vê entre,
o vão
as pedras lhe servem de chão
ou choro se enxerga em vão ...
comilança e lambança
gosto mesmo é do bauru
napadria perdicasa eu como mesmo se for cru
crufagia
já me vem a fadiga
eu como de tudo
essa noite sonhei que dois homens me beijavam abaixo da cintura
crua e nua pela rua
de manhã iremos apadria
viajaremos para bauru
e trocaremos de cintura
à tarde
comeremos nossas vontades
do misto ao bauru
napadria perdicasa eu como mesmo se for cru
crufagia
já me vem a fadiga
eu como de tudo
essa noite sonhei que dois homens me beijavam abaixo da cintura
crua e nua pela rua
de manhã iremos apadria
viajaremos para bauru
e trocaremos de cintura
à tarde
comeremos nossas vontades
do misto ao bauru
15 de janeiro de 2008
parabéns pai
ele é assim, sem fazer nada faz um tudo
deixa a vida mais fácil de respirAR
além, mais linda, mais simples de acreditar
acredita na coisa dita
mais ainda na coisa sentida
apóia
feito mesa de madeira nativa
apoio
firme, forte
com aquela barba
que conheço desde piquitita
ben-dita barba!
sorri
faz cara de bravo
fala da natureza como quem a descobre pela primeira vez
fala de nomes que guardo uma só vez
goiaba, formiga, manga, bem-te-vi, saracura
tá tudo na sagrada escritura!
carrega como relíquia
faz seu chão assentado de piso simples, da Bíblia
bem assentado
acabamento que agrada os olhares
os lares
sua ARTE, seu ponto de vista
quantas alegrias!
grati-dão
me dão
seu jeito me faz sorrir
sou grata
e nada mais poderia ser
é o tudo!
sou aPAIxonada
deixa a vida mais fácil de respirAR
além, mais linda, mais simples de acreditar
acredita na coisa dita
mais ainda na coisa sentida
apóia
feito mesa de madeira nativa
apoio
firme, forte
com aquela barba
que conheço desde piquitita
ben-dita barba!
sorri
faz cara de bravo
fala da natureza como quem a descobre pela primeira vez
fala de nomes que guardo uma só vez
goiaba, formiga, manga, bem-te-vi, saracura
tá tudo na sagrada escritura!
carrega como relíquia
faz seu chão assentado de piso simples, da Bíblia
bem assentado
acabamento que agrada os olhares
os lares
sua ARTE, seu ponto de vista
quantas alegrias!
grati-dão
me dão
seu jeito me faz sorrir
sou grata
e nada mais poderia ser
é o tudo!
sou aPAIxonada
10 de janeiro de 2008
criança em dança
danço
dançam
dançamos
dancemos
dança, dançando!
dancem!
com c
com cedilha
a dança dedilha as cordas mais íntimas do corpo!
dancemos ...
dançam
dançamos
dancemos
dança, dançando!
dancem!
com c
com cedilha
a dança dedilha as cordas mais íntimas do corpo!
dancemos ...
Kabir
Dance, meu coração! Dance hoje com alegria. As formas do amor enchem os dias e as noites de música, e o mundo ouve a melodia. Loucas de alegria, a vida e a morte dançando ao ritmo dessa música.As montanhas, o mar e a terra dançam. O mundo do homem dança em riso e lágrimas.
8 de janeiro de 2008
prazer
fiz biologia
mas me encantei mesmo foi pela orgia
hoje em dia as horas viram a esquina
me encontram ali, atrás da cortina
descoberta
aberta!
sem sentidos
cega, apenas meu corpo me dá as respostas
minhas costas revelam meu desejo
minhas bocas acariciam o estranho
me reconheço,
assumo o desconhecido
e encho de prazer meu sorriso
mas me encantei mesmo foi pela orgia
hoje em dia as horas viram a esquina
me encontram ali, atrás da cortina
descoberta
aberta!
sem sentidos
cega, apenas meu corpo me dá as respostas
minhas costas revelam meu desejo
minhas bocas acariciam o estranho
me reconheço,
assumo o desconhecido
e encho de prazer meu sorriso
2 de janeiro de 2008
exercitANDO
diante das coisas não ditas
dos passos sem marcas no asfalto, no chão de terra batida
do murmúrio baixo que não ultra-passa os ouvidos presentes
ou-vindos de outros por trás das janelas
ausentes de palavras altas
corre tudo no imagináRIO da vida
correnteza forte levada a tempo
sem pressa, sem calma, descompassada com minh'alma
minha alteza, minha REALeza
fantasia que eleva os pobres
alma empobrecida pela vaidade
enCAPAda de egoísmo, diz não à cumplicidade
esTAMPAda de cores em preto e branco
corre tudo, anda sem ritmo pelo labirinto
sem saber que as portas não correm na mesma velocidade
estão aquém, além do tempo
voam por cima do ego, aberturas que permitem mEU
dos passos sem marcas no asfalto, no chão de terra batida
do murmúrio baixo que não ultra-passa os ouvidos presentes
ou-vindos de outros por trás das janelas
ausentes de palavras altas
corre tudo no imagináRIO da vida
correnteza forte levada a tempo
sem pressa, sem calma, descompassada com minh'alma
minha alteza, minha REALeza
fantasia que eleva os pobres
alma empobrecida pela vaidade
enCAPAda de egoísmo, diz não à cumplicidade
esTAMPAda de cores em preto e branco
corre tudo, anda sem ritmo pelo labirinto
sem saber que as portas não correm na mesma velocidade
estão aquém, além do tempo
voam por cima do ego, aberturas que permitem mEU
1 de janeiro de 2008
...
Resta essa capacidade de sorrir
depois de caídas todas as lágrimas
o desejo insaciável de amar e ser amada
a cada abandono desesperado do amargo não
resta a vontade de renovar a aliança
sentir renascer a cumpliCIDADE
a ternura tola dos poetas
condenada pela eternidade à prisão da esperança
o resto é resto!
depois de caídas todas as lágrimas
o desejo insaciável de amar e ser amada
a cada abandono desesperado do amargo não
resta a vontade de renovar a aliança
sentir renascer a cumpliCIDADE
a ternura tola dos poetas
condenada pela eternidade à prisão da esperança
o resto é resto!
amém
rezei pra nossa senhora me tirar a dor
quis nunca mais engolir
sim digo sim ao amor
não, me diz não o amor
engoli
li reli todos os versos
não entendi
aquela mutação
então sofri
sofrEU aquele amor
não me faz digestão
peço então
da nossa senhora a proteção
contra a dor que vem do amor
contra os enganos
contra o eu que não me faz bem
contra o tu
não me quer bem
força todos os dias
a cada bom dia
eu quero força
para além
me traga alguém do bem ...
vem vem
amém!
quis nunca mais engolir
sim digo sim ao amor
não, me diz não o amor
engoli
li reli todos os versos
não entendi
aquela mutação
então sofri
sofrEU aquele amor
não me faz digestão
peço então
da nossa senhora a proteção
contra a dor que vem do amor
contra os enganos
contra o eu que não me faz bem
contra o tu
não me quer bem
força todos os dias
a cada bom dia
eu quero força
para além
me traga alguém do bem ...
vem vem
amém!
Assinar:
Postagens (Atom)