23 de abril de 2011

sempre

a mágica das gavetas fechadas
carregando entidades de sons
das roupas e papéis destemidos que julgam o sal da comida sem sabor
as linhas dos cadernos rabiscam as ondas e deixam-me chegar e balançar o espírito
de listras
de listrada que sou
preto na branca

o branco das gavetas está cheio de tinta, de músicas de por vir
nesse líquido sou eu a transbordar os pensamentos que vão
e sólidos que vem,

a vida vem sorrindo

sempre.

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