a mágica das gavetas fechadas
carregando entidades de sons
das roupas e papéis destemidos que julgam o sal da comida sem sabor
as linhas dos cadernos rabiscam as ondas e deixam-me chegar e balançar o espírito
de listras
de listrada que sou
preto na branca
o branco das gavetas está cheio de tinta, de músicas de por vir
nesse líquido sou eu a transbordar os pensamentos que vão
e sólidos que vem,
a vida vem sorrindo
sempre.
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