10 de setembro de 2009

vi algo que não caberia aqui, nao caberia em mim. tem saudade que avança no tempo, não há suicídio nem batismo que a mude de cômodo.
tem um tanto de sentir meu guardado em algum canto da minha casa antiga. em roupas que nunca mais dancei.
deixo à margem do inteligível. se eu embrulhar todo o tempo passadonopresentemeufuturo com papel de pão amanhecido,
amanhece em você a mesma hora? o mesmo guarda-roupa? a mesma lembrança?

quem sabe a esperança me responda...

Um comentário:

Re disse...

Josi!!! Amei sua poesia! Ao ler, acabei pensando nisso:

Infância
Espírito destemido da bolsinha de gato vovó-crochê
Sonhos nas pai-pipas de palhaço, de cometa, que voavam alto, alto
Braços balanço-vovô e seu cigarro escondido
Gibis doces em passeios de tia-domingo
Conforto nos olhos de mãe-bolos e pães
Confidências na irmã-sorriso.